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Peixoto Gomide em contradição com a liberdade atual

  • Foto e texto por: Nilson Andrade
  • 23 de mai. de 2016
  • 2 min de leitura

Peixoto Gomide ​

Pouca gente conhece a história por trás do nome que a rua recebe, Peixoto Gomide.

Quem foi essa pessoa? Talvez, a maioria das pessoas nunca se perguntaram sobre isso, não só da Peixoto, mas também de todas as outras ruas de São Paulo.

Francisco de Assis Peixoto Gomide, nasceu em 24 de março de 1849. Ele foi um advogado, professor e político brasileiro, ocupando o cargo de presidente interino do Senado do Estado de São Paulo, devido ao impedimento de Campos Salles.

A história mais marcante da sua vida, infelizmente não é das mais

felizes, pois o advogado se envolveu numa tragédia pessoal.

No ano de 1906, mais especificamente no dia 21 de janeiro, Gomide cometeu um dos crimes que mais mancharam de sangue a história da cidade.

Nesse momento, residia no número 25 da rua Benjamin Constant, próximo à Praça da Sé, um pai conservador que não admitia o relacionamento de sua filha com um poeta, promotor público e pardo, Manuel Baptista.

Peixoto chegou a prender a filha em casa, determinar prazos para o fim do contato com o homem. Sofia, afrontou o pai e alegou a ele já ter se entregado ao parceiro, uma atitude que, naquele tempo, era uma afronta à dignidade familiar.

Naquela época, o grande casarão neoclássico, era um lugar que ocorriam muitas festas e pessoas da cidade se amontoavam em frente ao lugar para ver os convidados que ali frequentavam. Porém nesta data o motivo não foi nada comemorativo.

Não conformado com a situação, Gomide sacou um revolver Smith & Wesson e atirou contra a testa da garota de 22 anos, suicidando-se em seguida.

Nove anos após o ocorrido, um amigo de Manuel, lhe contou por que Gomide não era a favor do relacionamento. Em um momento de juventude, Peixoto teve relações com uma empregada de sua casa e Manuel era fruto desse momento íntimo. Assim o poeta, desequilibrado acaba a pôr fim em sua vida.

Por que essa história nesse post? Bom, acredito que essa seja uma grande contradição nesse espaço do centro de São Paulo.

Placas da esquina

Uma rua que homenageia um personagem de um episódio de proibição de autonomia, um século depois, hoje é cenário de liberdade, onde pessoas vão e vem, se relacionam com quem tem interesse e frequentam os ambientes que lhes convém.

E com isso surge uma dúvida. Com essa liberdade, sem ocupar estabelecimentos específicos, ocupando calçadas ou em algum dos comércios, como os moradores se sentem com a presença desse público?

 
 
 

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